Ações da Ação da Cidadania

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Índice

Rio de Janeiro: cidadania dá samba
Rio de Janeiro: elevadores em ônibus
Pará: pouco dinheiro, mais comida
Acre: Vida Nova na Cidade
Alagoas: ensinando com sucata
Renascer: assistência e mudança
Os Comitês nos estados: como contactar
Para obter informações gerais sobre a Ação


Rio de Janeiro: cidadania dá samba

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Este ano, no Rio de Janeiro, a Ação da Cidadania entra na Passarela do Samba e a escola Império Serrano entrou na Ação da Cidadania, com a criação de um comitê. Entre outras atividades, foi organizada uma sala para aulas de informática, dentro da quadra da escola, que está atendendo a crianças e adolescentes da comunidade.

O enredo do samba, "Verás que um filho teu não foge à luta", conta a história da Ação e fala da esperança de um mundo mais justo. A autoria é de Aloísio Machado, Lula, Beto Pernada, Arlindo Cruz e Índio do Império. As fantasias serão confeccionadas parte pelo comitê, parte por outros do estado, além das costureiras tradicionais.

Artistas, como Fernanda Abreu, Antônio Grassi e Letícia Sabatella, desfilarão na "Ala do Bujica", o mascote da Acão que representa um excluído. Betinho deverá acompanhar o desfile em um carro alegórico. Seu filho mais velho, Daniel de Souza, vai fazer parte da bateria, tocando tamborim. O ator Angelo Antônio sairá em um carro alegórico que lidera a ala, fantasiado, como os demais integrantes de Bujica, o mascote da Ação, que representa um excluído. Para entrar em contato com o Comitê da Império Serrano, (falar com Sandra, 02-359-4944).

Confira aqui a letra do samba:

O povo diz amém/ é porque tem/ um ser de luz a iluminar/ o moderno Dom Quixote/com mente forte vem nos guiar/ um filho do verde esperança/ não foge à luta vem lutar/ então verás um dia/ o cidadão é a real cidadania/ Quero ter a minha terra/meu pedacinho de chão, meu quinhão/ isso nunca foi segredo/ quem é pobre tá com fome/quem é rico tá com medo./ vou dizer que tem muito mais/tanto se faz estragar/ joga no lixo tem Bujica pra catar/ Senhor, despertai a consciência/ é preciso igualdade/ o ser humano tem que ter dignidade/ morte em vida triste sina/ pra gente chega de viver a severina/ junte um sorriso meu um abraço teu/vamos temperar/ uma porção de fé que vai dar pé/ não vai desandar/ amasse o que é ruim e amassa enfim/ vai se libertar/ sirva um prato cheio de amor/pro Brasil se alimentar/ Eu me embalei pra te embalar/no balancê balancear vem na folia/ chegou a hora de mudar/ o meu Império vem cobrar democracia.

Rio de Janeiro: elevadores em ônibus

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As pessoas portadoras de deficiência física que vivem no Rio de Janeiro dispõem desde dezembro de14 ônibus adaptados com elevadores hidráulicos. A vitória não foi sem esforço, mas depois de muita conversa, processos e até liminar na Justiça. As negociações ficaram por conta da Secretaria Municipal de Transporte e do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência Física.Os veículos foram distribuídos em sete linhas que circulam das 5 h da manhã às 22:40h, com intervalos de até uma hora e meia. Tel: (021) 711-9912

Pará: pouco dinheiro, mais comida

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Em Belém e Ananideua, municípios paraenses, a população pobre já pode adquirir os produtos da cesta básica a preços populares, nos diversos postos de venda espalhados na região metropolitana. A iniciativa partiu da Associação Popular de Consumo (APC), formada por entidades populares que lutam pela melhoria da qualidade de vida e contam com o apoio do comitê estadual da Ação. A mercadoria sai das mãos do pequeno produtor direto para a mesa do consumidor, sem atravessadores, a ponte é a associação. Por isso o preço ficou mais acessível.

No final do ano, o comitê estadual organizou um seminário para comemorar o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com apoio da Promotoria Pública. Como resultado foram traçados três alvos a serem alcançados nas atividades de 96: violência contra a criança e o adolescente, democratização da terra e luta contra a tortura. Outra meta - a elaboração do mapa da fome e de desenvolvimento humano do estado -foi iniciada em janeiro por meio de um trabalho de articulação entre órgãos governamentais e não-governamentais para buscar um consenso entre os indicadores sociais necessários à composição do mapa. A idéia é fazer um levantamento anual , cujos resultados influenciem o planejamento das ações do governo.Comitê Estadual do Pará: tel: (091) 222-0318

Em Altamira, Pará, o Comitê em Defesa das Crianças Altamirenses foi escolhido para representar a sociedade no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente. A entidade luta para descobrir e punir os culpados pelo assassinato e maus tratos de 23 crianças e adolescentes da localidade. Tel: (091) 515-2270

Acre: Vida Nova na Cidade

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"Vida Nova na Cidade" é o slogan da campanha para tirar crianças da rua, organizada pela. Secretaria Municipal do Trabalho e do Bem-Estar Social de Rio Branco, no Acre.Com a ajuda do Rotary e do Lions Club, cerca de 60 crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos estão tendo aulas de capoeira, teatro e corte e costura no Centro Carlota Danzicurt, instituição reaberta ano passado com o apoio do CBIA - Centro Brasileiro de Infância e Adolescência. A casa, que funciona na periferia da cidade, tem alojamentos e dormitórios, além de espaço para atividades esportivas. O projeto é acompanhado pelo Juizado de Menores local. Tel: (068) 224-1077

Alagoas: ensinando com sucata

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Em Maceió, Alagoas, o Centro Formador de Recursos Humanos organizou um curso de dois dias que usou sucata e brinquedos como ferramentas de aprendizagem para as crianças. Os instrutores pertenciam a comunidades pobres da periferia da capital e receberam 40% do preço da inscrição.Este foi o resultado da parceria com a prefeitura, que doou o material e lanche para as crianças. Tel: (082) 327-1403

Renascer: assistência e mudança

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De cada mil crianças nascidas no Brasil, 61 morrem antes de completar um ano, segundo o UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância. Os números impressionam o leitor? O que dizer, então, das pessoas que lidam diariamente com essas mortes, nos hospitais públicos espalhados pelo país? A indignação somada à vontade de descruzar os braços e agir originou um projeto que, se multiplicado, pode mudar o perfil da saúde dos brasileiros. David e Diego, hoje adolescentes, entraram no Hospital da Lagoa, na Zona Sul carioca, em 91, com um tipo de anemia crônica, sem cura. A mãe, hipertensa, não tinha condições de trabalhar. O projeto Renascer prestou assistência à família durante seis meses, fornecendo remédios, comida e material de construção para reformar o barraco onde viviam. Com a doença controlada, as crianças foram para a escola e a mãe hoje trabalha como faxineira, garantindo a renda familiar.

Desde que foi criado, em outubro de 91, o Renascer já mudou a vida de quase 500 famílias e 2.300 crianças com histórias de vida iguais ou mais dolorosas do que a descrita acima. Há muito que a pediatra Vera Cordeiro (ver entrevista), idealizadora do projeto, percebeu que o problema das crianças internadas no hospital era social. Por trás de uma pneumonia ou desnutrição, tinha um pai alcóolatra , uma mãe desempregada e muitos filhos passando fome.

A idéia da médica era quebrar esse ciclo perverso: da criança que é internada, por falta de condições básicas de sobrevivência, recupera-se no hospital para voltar em situação mais grave, ou pior, não voltar. A falta de recursos não foi empecilho para viabilizar o trabalho. A rifa de um lençol, passada para 50 pessoas, foi a solução encontrada para driblar a dificuldade. Depois, em reuniões semanais, amigos, parentes e vizinhos de Vera eram "convidados"a doar algum objeto que pudesse gerar mais recursos. Hoje, 60% do orçamento vem dos 2.200 sócios que contribuem com uma cota mínima de R$ 15 e recebem de três em três meses um boletim com o balanço dos gastos.

Todas as manhãs são selecionados no Hospital da Lagoa os doentes a serem encaminhados ao Parque Lage, onde fica a sede do Renascer. Uma comissão de 11 pessoas escolhe os casos mais graves, do ponto de vista orgânico, social e psicológico. Por semana, são cerca de 60 famílias. Lá, uma equipe de 70 voluntários e seis funcionários trabalham em diversas frentes. Existem aqueles que arrecadam dinheiro, fazem divulgação do trabalho e atendem o público. De quatro a seis meses as famílias recebem alimentos - não apenas ítens da cesta básica, mas outros específicos, para combater a desnutrição por exemplo -, remédios, roupas, vale transporte, material escolar e de construção e até eletromésticos e brinquedos.

As crianças e adolescentes são encaminhadas a escolas e cursos profissionalizantes e os pais conseguem trabalho.Os dependentes de alcóol são incentivados a procurar os Alcóolatras Anônimos (AA).O projeto já foi acusado de assistencialista, mas seus organizadores acreditam que, antes de ensinar a pescar, é preciso afastar a miséria absoluta. Educação e saúde são complementos. Pensando assim, o Renascer oferece, pelo menos uma vez por mês, palestras às famílias assistidas. Essas fazem parte do projeto "Informar para promover a saúde". Na ocasião são distribuídos minifolhetos sobre variados assuntos como noções básicas de higiene, planejamento familiar, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, aleitamento materno. Um livro com explicações simples sobre como aproveitar melhor os alimentos também é distribuído às mães. Por conta da doença dos filhos, a maior parte das mães assistidas não pode trabalhar fora. Da necessidade de gerar renda em casa surgiu o "Projeto Anzol" para "ensinar a pescar".

Uma campanha nos jornais conseguiu dos sócios e do Instituto C&A de Desenvolvimento a doação de 15 máquinas de costura. Algumas foram cedidas a famílias pobres, outras ficaram na sede do projeto, onde uma artesã dá aulas semanais para 10 mulheres. A primeira grande encomenda do grupo já aconteceu. Para o Dia das Mães, elas terão de fazer 10 mil produtos aos Supermercados Zona Sul, onde o Renascer compra alimentos a preço de custo. A idéia do dono é fazer grandes pedidos em todas as datas comemorativas

Pior do que escolher quem deve ou não ter oportunidade de mudar de vida, é decidir o momento de parar. A intenção é estruturar minimamente a família e depois passar para outra. Mas em algumas situações, o período determinado não basta. Para isso existe o "Projeto Madrinha". Terminada a ajuda do Renascer, a madrinha se compromete a ajudar durante mais seis meses, seja comprando remédios, quando a doença é crônica, seja doando alimentos. Hoje existem cerca de 80 crianças nessa situação.

Os Comitês nos estados: como contactar

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O Jornal da Cidadania recebe, com frequência, cartas de todo o país de pessoas interessadas em participar da Ação da Cidadania. Publicamos a seguir os telefones dos comitês estaduais da Ação da Cidadania. Mesmo que não seja na sua cidade, o comitê estadual terá condições de informar qual o comitê mais próximo de você. Envie mensagem a pelavida@ax.apc.org para correções a esta lista.

Acre: (068)223-2089

Alagoas: (082) 241-7133

Amazonas: (092)234-2421

Amapá: (096)241-1515

Bahia: (071)234-8744

Ceará: (085)221-1324

Distrito Federal: (061)321-5811

Espírito Santo: (027)222-6479

Goiás: (062)223-3204

Maranhão: (098)222-3332

Minas Gerais: (031)344-3347

Mato Grosso: (065)322-3331

Mato Grosso do Sul: (067)787-2037

Pará: (091)222-0318

Pernambuco: (081)224-3675

Piauí: (086)222-4694

Paraná: (041)224-7536

Rio de Janeiro: (021)276-4560

Rio Grande do Norte: (084)231-1266 ramal.200

Rondônia: (069)222-2944 ramal 226

Roraima: (095)224-7017

Rio Grande do Sul: (051)228-3044 ramal2090

Santa Catarina: (0482)24-7113

São Paulo: (011)604-9201

Sergipe: (079)222-6870

Tocantins: (063) 862-1073


Para obter informações gerais sobre a Ação

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Entre em contato com a equipe de informações da Ação da Cidadania Contra a Miséria e Pela Vida no IBASE:

IBASE

Rua Vicente de Souza 12-- Botafogo

22251-070 Rio de Janeiro BRASIL

fax +55 (0) 21 537-9185

tel +55 (0) 21 537-8228

e-mail pelavida@ax.apc.org